11 de jan. de 2011

Do blog Minha filha diabética!

Assim que saiu o diagnóstico da Rafinha em pesquisa na internet encontrei 2 blogs que me ajudaram muito (e vem me ajudando) a entender, a conviver e a aceitar o diabetes: O Jujuba diabética e o Minha filha diabética! E o fato de ter recebido tanta ajuda foi a minha principal motivação para criar meu próprio blog pois ao mesmo tempo que aprendemos podemos ensinar e desta forma propagarmos uma rede de colaboração em prol dos diabéticos e de suas famílias. Assim como disse Antoine de Saint-Exupèry: "O Amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte".
E hoje, gostaria muito de compartilhar aqui um post do blog da Nicole que mexeu bastante comigo por vários motivos:
1 - Porque os papais de crianças diabéticas podem e devem se envolver mais com os "controles" de seus filhos.
2 - Porque podemos encarar as coisas de formas diferentes, e temos sempre a opção de enxergar ou não o lado positivo de tudo.
3 - Porque prova que a medida que nós doamos, recebemos em dobro.

Obrigada "Pai" por tão rico relato e obrigada Nicole por compartilhar conosco tantas informações do dia-a-dia da Vivi.

Aqui colo um trecho do email que o pai enviou à Nicole e quem quiser ler na íntegra, visite Comentários de um pai!

"Prezada Nicole, venho a algum tempo acompanhando o seu blog mas nunca postei nenhum comentário.  Quando descobri o seu blog fiquei tão impressionado que fui retornando as postagens mais antigas e li desde a primeira.  Através do seu blog também passei a acompanhar o da Sarah e Igor, Joana e Guilherme, Jujuba diabética, e mais recentemente o vida doce como mel e doce dia-dia.
Essa relutância em escrever algo se deve ao fato de eu ser PAI de um menino DM1 e não MÃE.  É estranho como eu não vejo nenhum comentário feito por pais apenas por mães. Será que todas as crianças doces são órfãos de pai? Porque será que os pais não se envolvem tanto quanto as mães?
Mas vamos lá:
Sou pai de um menino hoje com 12 anos que foi diagnosticado como DM1 um ano e meio atrás.  Apesar de ele estar na época fazendo 11anos e ser um menino tranqüilo e responsável foi muito difícil o recebimento da notícia, e olha que não passamos por nenhum momento muito traumático, pois ele não precisou ficar internado, minha mulher (que é a mãe dele) é nutricionista, o endócrino dele é um grande amigo meu etc…
Mesmo assim fomos ao fundo do poço, mas no fundo mesmo.  Eu particularmente me afundei geral.  Minha mulher segurou uma barra danada, mas tudo passou.
Seu blog e o da Sarah e Joana, foram de grande importância nessa minha superação, pois como era possível mães de filhos bem menores que o meu, que passaram por internações hospitalares, que tinham que administrar a pouca idade de seus filhos, as escolas, as festas infantis, as atividades físicas inesperadas e tudo o mais e ainda conseguiam manter a serenidade, a alegria e a vontade de escrever suas experiências em prol de tentar ajudar outras pessoas?
Diante disso tudo me senti um fraco, um grande covarde e pude mudar esse jogo.
Quando vejo algumas mães reclamando que os pais não se envolvem com o controle da glicemia de seus filhos, fico pensando: “como os homens perdem grandes oportunidades na vida, como jogam fora isso”.  Eu me envolvo tanto com o controle do meu filho que em muitas vezes acabo atrapalhando e minha mulher vive dizendo que eu sou PAI e que não devo querer fazer o papel de MÃE. Estou tão envolvido que minha mulher fez uma viagem ao exterior com minha filha de 14 anos e eu fiquei sozinho com meu filho por 17 dias cuidando de tudo e não tivemos nenhum problema (esse teste me credenciou para ser um bom cuidador de criança com diabetes), não tive medo algum de ficar com ele sem a presença da mãe e nem ele ficou com medo de ficar comigo sozinho. Deu tudo certo.
O que me motivou definitivamente a escrever para você foi esse seu desabafo que foi postado em 06 de janeiro e achei que seria hora de eu TENTAR retribuir tudo o que você fez por mim.
Em primeiro lugar tenho que mostrar como eu vejo a diabetes para tentarmos alinhar nossos pensamentos.

Primeiro:  Não vejo a diabetes como doença, muito menos como doença crônica.  Doença teremos sim, se não controlarmos a glicemia.

Segundo: Nossos filhos não são doentes, eles apenas tem que fazer reposição hormonal pois, não produzem o hormônio chamado “insulina”. Inúmeras mulheres quando chegam a uma certa idade fazem reposição hormonal e nem por isso dizem que possuem uma “doença crônica”.

Terceiro: Diabetes não mata. O que mata é a falta de bom senso.

Quarto: Diabetes controlada não baixa imunidade, não gera depressão, não engorda, não emagrece, não alegra, não entristece, não descrimina,  não faz nada, ela apenas te deixa viver normalmente como todo mundo.

Quinto: A diabetes é como uma criança, exige apenas carinho, atenção, cuidado e amor, mais nada.

Sexto: Ainda sou um pouco resistente em acreditar em lua de mel, acredito sim em padrão. Cada diabético tem seu padrão metabólico e que varia com o passar dos anos..."


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